O silêncio dos santos
Leva hipotermia às mantas
Que matam as noites santas
No leito dos homens gagos.
Os cegos se riem nos cantos
Tacteando pela santa
Na ânsia de calor, da janta
Da noite esquecida por santos.
Os tartamudos
Prostrados à sorte, das tantas
Piedades, feito antas
Nas noites pobres dos surdos.
sexta-feira, 18 de abril de 2014
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Kupapatas: VIPs e os Clássicos.
Depois de largas horas de observação, concluí que, existem dois tipos de kupapatas, os VIPs e os Clássicos.
Os Classicos, são os nossos irmãos que, negando o crime, despiram-se do preconceito, decidiram ganhar a vida com dignidade, exercendo a espinhosa tarefa do kupapata. Estes, ganham 100 kwanzas algumas vezes 200 kwanzas por corrida, transportando vidas humanas, de um lado para o outro, numa motorizada não decorada com rigor, com suor de rachar o coração para sustentar a familia. Palmas para eles!
Os VIPs, não transportam vidas humanas, embora andem montados em motorizadas decoradas e equipadas a rigor, com as cores azul e branca. Esses são os que menos suam e mais facturam, pois, não correm como os clássicos e os seus clientes "pagam bem", são na sua maioria taxistas e outros condutores que, em cada corrida (ao soar do apito e o dedo indicando a direcção onde o cliente deve parar) pagam ao Kupapata VIP 500 kwanzas, 1000 kwanzas ou 2000 kwanzas, a depender do preço estabelecido por este.
Não há acordo do preço na maioria das apitadelas e dedilhas, é a ditadura do monopolio (não há concorrência possivel contra os kupapatas VIPs).
Esses empobressem ainda mais os outros kupapatas e desordedam a vida de uma grande maioria que tem na moto ou carro, fonte de receita para sustentar a sua familia. Esses, dizem em viva voz:
- Viva nós, os Kupapatas VIPs! Estamos melhores que os banqueiros, temos dinheiro todos os dias e salário no final de mês.
Enquanto os clássicos lamentam, cantando em unissono:
- Tulo sandji violomeke, tupayela ava valia. Tukalume.
É uma guerra social grave... Tarda um travão nisso!
E, enchemos a garganta de veias, afirmando que, o país está bom.
Incoerência...
Os Classicos, são os nossos irmãos que, negando o crime, despiram-se do preconceito, decidiram ganhar a vida com dignidade, exercendo a espinhosa tarefa do kupapata. Estes, ganham 100 kwanzas algumas vezes 200 kwanzas por corrida, transportando vidas humanas, de um lado para o outro, numa motorizada não decorada com rigor, com suor de rachar o coração para sustentar a familia. Palmas para eles!
Os VIPs, não transportam vidas humanas, embora andem montados em motorizadas decoradas e equipadas a rigor, com as cores azul e branca. Esses são os que menos suam e mais facturam, pois, não correm como os clássicos e os seus clientes "pagam bem", são na sua maioria taxistas e outros condutores que, em cada corrida (ao soar do apito e o dedo indicando a direcção onde o cliente deve parar) pagam ao Kupapata VIP 500 kwanzas, 1000 kwanzas ou 2000 kwanzas, a depender do preço estabelecido por este.
Não há acordo do preço na maioria das apitadelas e dedilhas, é a ditadura do monopolio (não há concorrência possivel contra os kupapatas VIPs).
Esses empobressem ainda mais os outros kupapatas e desordedam a vida de uma grande maioria que tem na moto ou carro, fonte de receita para sustentar a sua familia. Esses, dizem em viva voz:
- Viva nós, os Kupapatas VIPs! Estamos melhores que os banqueiros, temos dinheiro todos os dias e salário no final de mês.
Enquanto os clássicos lamentam, cantando em unissono:
- Tulo sandji violomeke, tupayela ava valia. Tukalume.
É uma guerra social grave... Tarda um travão nisso!
E, enchemos a garganta de veias, afirmando que, o país está bom.
Incoerência...
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Viva a PAZ!
Viva a PAZ!
Que, ao celebrarmos esta data,
nós os Angolanos, tenhamos lucidez bastante para entender que, a justiça
social, a observação das garantias constitucionalmente consagrados e a inclusão
social, constituem o clímax da Paz!
Que cada Angolano, independentemente
da sua ascendência, sexo, raça, etnia, cor, deficiência, língua, local de
nascimento, religião, convicções políticas, ideológicas ou filosóficas, grau de
instrução, condição económica ou social ou profissão, seja um factor indispensável
para que possamos de facto, construir uma ANGOLA INCLUSIVA E PARTICIPATIVA,
rumo ao Desenvolvimento.
Viva a Paz, viva Angola!
Vai amanhecer
Ainda que as estrelas e a lua abandonarem a
noite, e a escuridão, por meandrosos e longos minutos, matar a tua visão,
suscitando um motim na nobre máquina, no cérebro que maquina os aristocráticos
pensamentos de esperança; mesmo que o esforço pareça inútil e a esperança um
suicídio, ainda que desesperes, o dia, vai amanhecer.
Mesmo que as previsões dos “experts” apontem o contrario, quer queiramos ou não, vai mesmo
amanhecer.
quarta-feira, 2 de abril de 2014
De onde vem?
De
onde vem?
De
onde vem essa força que me leva a pensar mais em Ti
estar
mais tempo contigo, querer mais Você?
De
onde vem essa força que me exige fazer todo amor só contigo?
De
onde vem essa coragem de querer todos os teus beijos
mimos,
afagos, carinhos, apertos, abraços e amassos?
De
onde vem essa força que não vê nenhum perigo, nas mais variadas
situações eminentemente desvantajosas?
De
onde vem essa força que sustenta meus passos que correm mesmo parados na
expectativa de te encontrar (no meu coração/pensamento) onde nunca saíste?
De
onde vem essa força que me impôs realidades abstractas-objectivas:
-
Instalação de uma super potência, um império, um monopólio que consome
todo
o meu carinho/amor/atenção/bem-querer.
De
onde vem?
Sua feiticeira
sem Feitiço, exijo respostas!
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