quinta-feira, 15 de maio de 2014

Politica e Futebol...



As equipas de futebol, têm, além da equipa de honras, as equipas de juvenis e iniciados, com vista a dar sustentabilidade ao projecto do clube. 

Ao longo do seu percurso como equipa, as modificações vão se observando naturalmente, ou seja, a medida em que a equipa de honras envelhece, e consequentemente diminui o rendimento da mesma, os jogadores que alinham na equipa de juvenis, vão assumindo aos poucos posições deixadas na equipa de honras, para dar continuidade ao projecto do clube, na mesma medida que, os iniciados fazem a transição para a equipa de juvenis. 

Os craques que alinhavam na equipa de honras, passam para treinadores, outros, conselheiros e embaixadores do clube, para que a chama do mesmo não se apague. Isso repete-se em todos os clubes.

Todos os clubes que não vingaram o seu projecto, atropelaram as fazes naturais de crescimento dos iniciados, rejuvenescimento da equipa de honras, colocando jovens no lugar dos mais velhos, e aposentação dos mais velhos para assumirem os cargos de treinadores, conselheiros e embaixadores da causa.

É também assim a Politica!

Como sabemos, os partidos políticos, têm o seu disco duro, a equipa de honras, formada por políticos treinados e experientes, além das organizações de base, normalmente, formada por jovens, na região intermédia, e crianças, nos iniciados para politica. 

Porém, na política, as fazes naturais de rejuvenescimento da equipa, negligentemente são atropeladas. A equipa de honras não se renova… no disco duro, ninguém vê o talento que se perde na equipa de juvenis; e se um jovem desponta, na maior parte das vezes, o jogador de honras, faz das tripas o coração para ofuscar esse talento jovem. 

Na equipa de iniciados, os mais talentosos, transcendem à equipa de juvenis, onde amortecem toda energia e inteligência que, se aplicadas para o projecto do Clube, a chama jamais se apagaria. Nesta fase, assiste-se mera formalidade, no partido, a fase de iniciados, regra geral, serve apenas para dar show e ênfase aos momentos que a vida política se lhes reserva. 

Daí, não constituir surpresa, ver projectos políticos brilhantes caírem em desuso, pois, a equipa de honras cansada, não admite ser substituída, não querem ser treinadores nem tão pouco conselheiros; os jovens se frustram, pois, suas ideias não passam no crivo do disco duro do partido, nem tão pouco, encontram espaço para reforçar a equipa de honras, dando vigor ao projecto do partido. 

As crianças, imbuídas na doçura do sambapito e elasticidade da pastilha, riem-se, rasgando os lábios, na inocência de que, o seu futuro, anda minado, por não haver equipa para dar pedalada e fazer face aos desafios que todos os dias, a vida trás até nós. 

O sucesso das equipas, está no rejuvenescimento, pois, quanto mais jovem for a equipa, maior capacidade de reacção terá a equipa para responder cabalmente aos momentos do jogo!

O sucesso dos projectos dos partidos políticos está também ai... Pois, quanto mais velho, mais lento se torna o ser, para reagir aos momentos do jogo! Em contrapartida, torna-se num grande estrategista e conselheiro que, para o sucesso, a sua voz, é indispensável.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Que depois do CENSO haja SENSO!

A conversa da moda é claramente o CENSO, o processo que efetivamente começa no dia 16 de Maio, que se há-de consubstanciar no levantamento demográfico e habitacional. Processo indispensável para que se tracem políticas corretas que respondam as necessidades das comunidades.

Para dar ênfase ao processo, hoje, os artistas no Huambo, marcharam para incentivar a participação de todos.

Ficou bem exposta a expectativa dos participantes na marcha, augurando que, depois do CENSO haja SENSO no processo de distribuição da RIQUEZA DO PAÍS!

Que, depois do CENSO haja SENSO na saúde, educação, transportes públicos, justiça, política, energia, estradas, água, comunicação social, telecomunicações... que haja SENSO na LEI!

Essa expectativa é legítima...