As equipas de futebol, têm, além
da equipa de honras, as equipas de juvenis e iniciados, com vista a dar
sustentabilidade ao projecto do clube.
Ao longo do seu percurso como equipa, as
modificações vão se observando naturalmente, ou seja, a medida em que a equipa
de honras envelhece, e consequentemente diminui o rendimento da mesma, os
jogadores que alinham na equipa de juvenis, vão assumindo aos poucos posições
deixadas na equipa de honras, para dar continuidade ao projecto do clube, na
mesma medida que, os iniciados fazem a transição para a equipa de juvenis.
Os
craques que alinhavam na equipa de honras, passam para treinadores, outros,
conselheiros e embaixadores do clube, para que a chama do mesmo não se apague. Isso
repete-se em todos os clubes.
Todos os clubes que não vingaram
o seu projecto, atropelaram as fazes naturais de crescimento dos iniciados,
rejuvenescimento da equipa de honras, colocando jovens no lugar dos mais velhos,
e aposentação dos mais velhos para assumirem os cargos de treinadores,
conselheiros e embaixadores da causa.
É também assim a Politica!
Como sabemos, os partidos políticos,
têm o seu disco duro, a equipa de honras, formada por políticos treinados e
experientes, além das organizações de base, normalmente, formada por jovens, na
região intermédia, e crianças, nos iniciados para politica.
Porém, na política, as fazes
naturais de rejuvenescimento da equipa, negligentemente são atropeladas. A equipa
de honras não se renova… no disco duro, ninguém vê o talento que se perde na
equipa de juvenis; e se um jovem desponta, na maior parte das vezes, o jogador
de honras, faz das tripas o coração para ofuscar esse talento jovem.
Na equipa
de iniciados, os mais talentosos, transcendem à equipa de juvenis, onde
amortecem toda energia e inteligência que, se aplicadas para o projecto do
Clube, a chama jamais se apagaria. Nesta fase, assiste-se mera formalidade, no
partido, a fase de iniciados, regra geral, serve apenas para dar show e ênfase
aos momentos que a vida política se lhes reserva.
Daí, não constituir surpresa, ver
projectos políticos brilhantes caírem em desuso, pois, a equipa de honras
cansada, não admite ser substituída, não querem ser treinadores nem tão pouco
conselheiros; os jovens se frustram, pois, suas ideias não passam no crivo do
disco duro do partido, nem tão pouco, encontram espaço para reforçar a equipa
de honras, dando vigor ao projecto do partido.
As crianças, imbuídas na doçura
do sambapito e elasticidade da pastilha, riem-se, rasgando os lábios, na inocência
de que, o seu futuro, anda minado, por não haver equipa para dar pedalada e
fazer face aos desafios que todos os dias, a vida trás até nós.
O sucesso das equipas, está no
rejuvenescimento, pois, quanto mais jovem for a equipa, maior capacidade de reacção terá a equipa para responder cabalmente aos momentos do jogo!
O sucesso dos projectos dos
partidos políticos está também ai... Pois, quanto mais velho, mais lento se torna o ser, para reagir aos momentos do jogo! Em contrapartida, torna-se num grande estrategista e conselheiro que, para o sucesso, a sua voz, é indispensável.
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