Começou de facto a época chuvosa
aqui na Tchitaka.
Como havia um certo cepticismo se
haveria de chover mesmo ou não, creio e, é normal que os terrenos para o
cultivo não estejam em “prontidão combativa”. Assim, para se fazer um proveito
a altura da demanda actual, impera ter um terreno preparado para receber
sementes.
Alguns procedimentos são
costumeiros e básicos; daí não haver muito para se dizer! Mas, na minha
teimosia chamo atenção a quem pretende produzir de facto, no sentido de ter um
campo limpo (livre de arbustos e outros que inviabilizam o desenvolvimento das
sementes), selecionar sementes de qualidade (aquelas que não apodrecem,
capazes de desenvolver embora haja pouca ou excesso de água), para que a
colheita seja abonatória ao celeiro das famílias e que, este sector
(agricultura) contribua de facto para a diversificação da nossa economia,
acomodada nos trocos do petróleo.
Na Tchitaka, na nossa Tchitaka, há
uma ânsia e expectativa dilacerante!
Aqui, o lavrador há muito tempo
que perdeu o norte. Não lê o tempo, não lhe importa se há ou não chuva! Não
prepara o terreno, nem tão pouco selecciona as sementes, simplesmente planta
segundo os desígnios da sua consciência que, eu mesmo e os demais vizinhos já desconfiamos
da sua sanidade.
Ele ama as ervas daninhas, parece que há uma telepatia
ancestral entre eles. Aplaude-as quando elas fatigam a horta dos outros, na
maior das vezes a seu mando. E como ervas daninhas são mesmo daninhas, algumas
vezes também decidem fatigar o dono da Tchitaka!
Quando isso acontece, nós os
vizinhos, assistimos um filme de comédia e terror! Sim, é comédia e terror
puro, pois, o mandante percebe que as ervas daninhas cresceram, já não fazem
nada sem entrar em acção para benefício próprio com vista a elevar o seu ego,
comprometendo assim a colheita; mas o dono da Tchitaka não faz nada, isola-se,
não se desfaz das ervas daninhas, nem tão pouco limpa as plantas potencialmente
produtoras; prefere estar no banzelo a ver a Tchitaka inundar-se, onde, as ervas
daninhas começam a destruir-se entre si, todas querem ser a que mais fatiga.
É
terror Puro!
Mas se a chuva é de graça, porque
não fazemos um proveito racional?
Pelo andar da carruagem, está mas
mãos de Deus decidir se continua regar a Tchitaka mesmo sabendo que o dono da
mesma perdeu o comando e por via disso a colheita está comprometida; ou então,
o mesmo Deus, manda um outro dono para a Tchitaka.
Um senhor que seja capaz de
eliminar as ervas daninhas, limpar o campo, plantar ainda que seja tarde, a ver
se no final colhe-se alguma coisa, e, nós os vizinhos da Tchitaka tenhamos um
outro cardápio, uma outra dieta, outra rotina, outra visão e outra leitura do
filme que nos é posto á vista.
Aqui há enxada, catanas, pás e variadíssimas
sementes, só falta um Bom Dono da Tchitaka.
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